sábado, 22 de março de 2014

Gente aqui tem mais proezas maravilhosas das alunas de nossa querida professora Márcia Ambrosio


O papel da avaliação na aprendizagem



Meninas o que acham das ideias apresentadas ? vocês concordam?

Avaliação e autoavaliação devem andar juntas

Queridos professores,mais um artigo da revista Escola que achamos muito legal !!! Espero que apreciem !!!

Sem acompanhar o desenvolvimento dos alunos, como professores e escolas podem aperfeiçoar seu próprio desempenho?

Luis Carlos de Menezes 
Foto: Marina Piedade
Luis Carlos de Menezes é físico e educador da Universidade de São Paulo (USP).
Ao visitar escolas e me envolver em suas questões, frequentemente tenho me deparado com vários problemas na forma com que os estudantes são avaliados, que vai desde uma aparente tolerância - que só disfarça a displicência na verificação do aprendizado - até um pretenso rigor, que resulta em reprovações indiscriminadas. Esses procedimentos não orientam os professores a rever suas práticas e, por vezes, a própria razão de ser da avaliação parece ignorada.

Avaliar pode significar muitas coisas: diagnóstico periódico para orientar o ensino; verificação do aprendizado ao fim de uma etapa; certificação para a obtenção de um título; seleção ou classificação em processos competitivos. Confundir esses sentidos causa distorções, como colar em provas mensais ou rachar para passar nelas. Isso pode ser tão insensato quanto fraudar exames médicos de rotina ou malhar para passar neles, mas acontece, por exemplo, em escolas mais preocupadas em selecionar do que em promover e cujas provas, por isso, servem à exclusão, e não ao ensino. Outros desvios ocorrem quando os exames externos, a Prova Brasil, por exemplo, tomam o lugar da verificação do aprendizado nas próprias escolas, que, mais preocupadas em obter bons resultados, chegam a selecionar alunos na entrada, em vez de educar todos com base nas condições em que chegam.

Inversões de valores como essas aparecem em nossa cultura escolar desde os primeiros anos, quando alguns alfabetizadores atribuem seu insucesso às crianças ou a suas famílias, e nos anos mais avançados, quando professores com centenas de alunos julgam ser impossível verificar e suprir as deficiências deles. Como consequência, desiste-se da avaliação formativa e não se aperfeiçoa o ensino, eternizando o círculo vicioso cujas vítimas são estudantes que não aprendem e educadores que se frustram.

Esse problema não se restringe à atitude isolada de professores em cada sala de aula e só se resolve com avaliações com foco na aprendizagem - não na classificação ou na seleção - que devem ser conduzidas como política institucional da escola. Professores podem se associar com coordenadores pedagógicos e representantes de turma para tomar iniciativas nesse sentido, mas nem sempre se sabe por onde começar. Dependendo da etapa e do tamanho da escola, as sessões de discussão pedagógica, os conselhos de classe ou os de escola podem ser momentos apropriados para conceber conjuntamente avaliações, analisar resultados ou identificar disciplinas e alunos que exijam cuidado.

Tenho participado da concepção de várias estratégias para orientar avaliações de algumas escolas públicas, como preparar antecipadamente provas mensais conjuntas, pautadas na proposta curricular e como parte do planejamento do ensino. Em muitas redes, porém, tem faltado apoio desse tipo. É vantajoso, por exemplo, automatizar a pontuação de questões de múltipla escolha, combinando essa avaliação com atividades de produção escrita e outras observações. O acompanhamento contínuo dos estudantes é fundamental para aperfeiçoar o ensino e, por isso, os professores devem participar junto com a direção do diagnóstico e de seu encaminhamento.

Os tratamentos devem ser adaptados à cada etapa de ensino, levando em conta que as disciplinas se compõem para uma formação harmônica dos alunos, mas em qualquer caso um projeto pedagógico real requer uma avaliação posta a serviço da aprendizagem. É responsabilidade da instituição verificar se o aprendido corresponde ao que se pretendeu ensinar e, em lugar de apontar o dedo acusador para os professores, é melhor concluir: escolas e docentes que não avaliam também não se avaliam!

http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/avaliacao-autoavaliacao-devem-andar-juntas-636930.shtml

Autoavaliação: como ajudar seus alunos nesse processo

Caros colegas,não sei se todos conhecem o site da Revista Escola,da editora Abril. Lá tem sempre artigos muito interessantes, e segue abaixo um texto relacionado com o assunto do nosso blog,espero que gostem!!!

A reflexão sobre o próprio desempenho é um meio eficiente para o aluno aprender a identificar e corrigir seus erros. Nesse caminho, o papel do professor é essencial


Foto: Rodrigo Erib
REVENDO POSTURAS Na pré-escola da Escola da Vila, a autoavaliação oral é o caminho para cumprir combinados. Foto: Rodrigo Erib
Ao término de cada bimestre, você reserva alguns minutos de aula para que cada aluno reflita sobre o que estudou e como fez isso. Numa ficha com uma série de itens, é preciso responder a perguntas sobre comportamento, procedimentos de estudo e conteúdos. No fim, cada um atribui uma nota a si próprio, que você vai considerar na média da disciplina. "Até que a turma reconhece as próprias falhas!", você se surpreende. Mas, nos meses seguintes, a garotada não corrige os deslizes que apontou na autoavaliação. Por que isso ocorre?

A intenção foi a melhor possível: a abertura para o diálogo na avaliação é uma medida interessante tanto para o estudante tomar consciência de seu percurso de aprendizagem e se responsabilizar pelo empenho em avançar - é a chamada autorregulação - como para ajudar o docente a planejar intervenções em sala. Mas a forma como a autoavaliação foi aplicada não é a mais recomendável. É provável que a atividade tenha sido encarada como uma mera formalidade. Nesses casos, a tal "postura crítica" da turma é pouco mais que um apanhado de coisas que o professor espera ouvir: "Preciso bagunçar menos", "Tenho de respeitar os colegas", "Faltou estudar antes para a prova". Já aconteceu com você?

Da lista de equívocos que se pode apontar no exemplo do parágrafo inicial (leia o quadro abaixo), o mais grave é a falta de acompanhamento e intervenção do professor. "Após o aluno refletir sobre o que e como aprendeu, o professor deve realizar um conjunto de ações para modificar o que está inadequado", afirma Leonor Santos, docente da Universidade de Lisboa, em Portugal, e especialista no assunto. "O objetivo é levar o estudante a confrontar seu desempenho com o que se esperava e agir para reduzir ou eliminar essa diferença."


Os principais equívocos na autoavaliação

- Deixar o aluno dar a sua própria nota
É algo que nada acrescenta à aprendizagem. Ainda que seja adequado esclarecer os conceitos que justificam a nota, estabelecê-la é tarefa que cabe apenas ao professor.

- Fazer perguntas genéricas
Questões como "O que você aprendeu nesse semestre?" e "Como avalia sua aprendizagem?" dão margem a respostas vagas. Quanto mais específicas as indagações, mais o estudante consegue se focar no que precisa avançar naquele momento.

- Dizer os resultados sem comentar
Não adianta arquivar tudo sem se deter no que foi observado pelos alunos. A autoavaliação serve como uma maneira de promover a autorregulação. Especialmente no início, o professor tem um papel essencial nesse processo, debatendo as reflexões de cada estudante e mostrando as dificuldades que passaram despercebidas.

- Deixar tudo para o fim do bimestre
Definir um único momento para o aluno pensar em toda a sua caminhada torna a reflexão mais superficial. É preciso identificar quais pontos têm de ser melhorados e abordá-los de maneira objetiva ao longo de todo o aprendizado.


Saber o que o docente pensa ajuda o estudante a se avaliar


No início do processo, é provável que os comportamentos tendam a extremos, da rigidez à condescendência. O trabalho, aqui, é ajudar a construir um retrato mais próximo da realidade. A avaliação do professor ajuda o aluno a estabelecer parâmetros para refletir sobre se sua autoimagem está adequada. "Nesse processo, é preciso dialogar com o aluno sobre os critérios que balisaram sua escolha, debatendo possíveis divergências", diz Andréa Luize, coordenadora pedagógica da Escola da Vila, em São Paulo.

Outra precaução diz respeito à natureza da autoavaliação. Para Leonor, não se deve misturar procedimentos, atitudes e conteúdos. É possível analisar separadamente cada um deles. No caso dos conteúdos, o ideal é abordar o que foi aprendido no encerramento da cada tema (leia o quadro abaixo), garantindo que haja tempo para correções. Tornar a reflexão constante é importante pela dificuldade, sobretudo nos anos iniciais da escolarização, de abordar o equívoco muito depois do ocorrido. Um aluno que erre um problema de divisão no dia anterior à autoavaliação tenderá a considerar o equívoco com mais atenção do que no fim do bloco de conteúdo.

Para ajudar a turma a tomar as rédeas do próprio aprendizado, é possível lançar mão de vários tipos de autoavaliação. A modalidade escrita é a mais comum e serve para diversas finalidades - além de aferir conteúdos, é uma boa opção para trabalhar com procedimentos. Nesse caso, apostar em respostas discursivas é uma alternativa interessante. Na Escola da Vila, a turma de 4º ano é convidada a ler um livro mais longo e, em seguida, refletir sobre a tarefa com algumas questões: quanto você conseguiu ler? Como organizou a leitura: leu cada dia um pouquinho, tudo de uma vez, dividiu em capítulos? Que atitudes contribuíram para conseguir cumprir o prazo? O que você acha importante para dar conta de ler o próximo? No fim da atividade, a socialização das respostas ajuda cada um a descobrir novas estratégias e rever as suas.

Quando a ideia é avaliar atitudes, a alternativa é criar uma ficha que possa indicar à garotada as evoluções ao longo do tempo. Em outro exemplo da Escola da Vila, dessa vez no 3º ano, itens sobre a postura em sala de aula - "Realizo as atividades com atenção", "Organizo a mesa para o trabalho", "Levanto a mão para falar" etc. - são avaliados em uma tabela de quatro colunas. Cada quadradinho é pintado de acordo com o desempenho individual: vermelho para "Consigo sempre", verde para "Consigo às vezes" e azul para "Nunca consigo". "O uso das cores é uma forma direta e rápida de o aluno perceber no que evoluiu e no que precisa melhorar", diz Andréa.


Aprendendo com a reflexão


A autoavaliação de aprendizagem de conteúdos exige que a garotada participe da definição de critérios e ações para avançar. Veja como os alunos de 3º ano da Escola da Vila analisaram a produção de biografias.

Foto: Rodrigo Erib. Clique para ampliar

1 - Exposição dos conteúdos
Deixar claro para a turma o que será avaliado é essencial para que ela tome conhecimento do que aprenderá. É preciso deixar a proposta de trabalho explícita e, durante as aulas, retomar o que foi apresentado.

2 - Definição dos critérios
O ideal é que os itens avaliados sejam escolhidos pelos alunos e pelo professor. Isso pode ser feito em um debate após a parte expositiva, em que o docente considera as opiniões da classe e aponta outros aspectos não notados.

3 - Dupla reflexão
Primeiro, o aluno reflete para preencher sua parte. Num segundo momento, o professor o avalia seguindo os mesmos critérios. As divergências e os pontos fracos indicados por ambos devem ser considerados no encaminhamento de melhorias.

4 - Plano de ação
Com as duas avaliações feitas, cabe ao professor propor o debate de alternativas para que o aluno avance. Não adianta querer resolver todos os problemas de uma vez: é preciso focar o essencial e retomar o que ficou faltando nas aulas seguintes.

Prática pode ser adotada mesmo com turmas da pré-escola


Como olhar para a própria atuação exige maturidade, é natural que nas etapas iniciais de escolarização as crianças tenham mais dificuldade para participar do processo de reflexão. Mas a idade não deve servir de desculpa para abandonar a prática. Em pesquisas com crianças de 5 anos, Leonor Santos constatou que os pequenos são, sim, capazes de se autoavaliar, identificando seus pontos fortes e o que precisa ser melhorado. Na Educação Infantil, os momentos de reflexão são basicamente realizados por meio da oralidade, em rodas de conversa ou de combinados. As questões procedimentais e atitudinais são as que costumam demandar mais atenção. A postura da criança, a organização do material e a relação com os colegas são os principais pontos de discussão nessa idade, já que os pequenos apenas começam a se reconhecer no papel de estudantes.

Além das autoavaliações orais e escritas, outras formas de favorecer a reflexão são os portfólios - privilegiando sobretudo os critérios de escolha dos trabalhos - e até vídeos. 'Depois de um seminário do 2º ano, convidei os alunos a assistir a uma gravação da apresentação. A atividade deu o distanciamento para ajudá-los a notar os pontos em que deveriam evoluir", relembra Andréa.

Qualquer que seja o tipo de autoavaliação escolhido, uma etapa não pode faltar: o encaminhamento de ações concretas para atacar os pontos fracos mostrados na autoavaliação. Se o conteúdo ficou mal entendido, é preciso retomar a lista de exercícios ou preparar uma aula de recapitulação dos pontos obscuros. Se o problema é a falta de método para estudar, pode-se combinar uma semana de acompanhamento conjunto das tarefas de casa - e assim por diante. Aos poucos, os alunos passam a interiorizar esse controle, assumindo a regulação que a princípio é feita pelo docente. Assim, a autoavaliação cumpre seu papel.


Quer saber mais?

CONTATOS
Andréa Luize
Escola da Vila, tel. (11) 3726-3578
Leonor Santos

BIBLIOGRAFIA
Avaliação: da Excelência à Regulação das Aprendizagens entre Duas Lógicas, Philippe Perrenoud, 184 págs., Ed. Artmed, tel. 0800-703-3444, 

http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-avaliacao/avaliacao/autoavaliacao-como-ajudar-seus-alunos-nesse-processo-planejamento-538875.shtml

Autoavaliação: quando aluno e professor se encontram


Gente segue abaixo um texto de uma professora sobre autoavaliação e a opinião e experiencia dela sobre a mesma .


Tenho o hábito de incorporar em minhas provas, geralmente a última do semestre, uma questão autoavaliativa na qual o aluno possa refletir sobre aspectos relacionados à sua aprendizagem (tanto conhecimentos adquiridos quanto eventuais dificuldades ou facilidades frente a determinados conteúdos e abordagens) e às possíveis contribuições que a disciplina trouxe para sua futura atuação como professor de Ciências e Biologia.
Para mim, ler as respostas dos alunos é sempre um momento prazeroso e emocionante. No primeiro período (em Laboratório do Ensino I), consigo perceber a evolução da concepção deles sobre o magistério e muitos daqueles (aliás, quase sempre a maioria) que não pretendiam ser professores passam a se colocar neste lugar e assumem tal postura em seus discursos. Também percebo um grande avanço em suas posturas antes ingênuas e pouco reflexivas - afinal, eles vieram de escolas que não os faziam pensar sobre saúde, ambiente e sexualidade relacionando-os com questões sociais e políticas - e que agora começam a despertar para um olhar crítico e questionador.
Já no quinto período, na disciplina de Metodologia do Ensino, os licenciandos já passaram por diversas disciplinas e têm mais clareza daquilo que pretendem ser e fazer em sala de aula quando se formarem. No entanto, este semestre me surpreendi com a maturidade de vários deles. E não estou falando de maturidade porque são mais velhos do que os alunos do primeiro período, refiro-me à maturidade acadêmica que vem sendo construída desde o início do curso. Esta turma participava ativamente das discussões em sala de aula e fora dela (já que fizemos uma delas via Internet) e com eles eu consegui perceber o que estava "funcionando" naquela disciplina e o que precisa (ainda) ser ajustado.
Nesse sentido, as respostas das autoavaliações são mais do que motivadoras e satisfatórias, uma vez que percebo que o meu trabalho está na direção correta (ou em acordo com os meus próprios princípios e filosofia educacionais). Elas são também um retorno concreto que possuo para repensar o uso de um ou outro texto na disciplina, sua forma de organização e as metodologias que tenho utilizado para guia-la.
Tenho notado que este momento é fundamental para que o nosso encontro, que se deu uma vez por semana ao longo de quatro meses presencialmente, se efetive. É quando o aluno escreve o que ele sente, analisa sua aprendizagem e o meu trabalho como professora sem pudor ou receio. Portanto, venho reafirmando a mim mesma e expondo aos meus alunos futuros professores a importância da autoavaliação criteriosa em nossas salas de aula. Afinal, se buscamos uma sociedade democrática de fato ela deve começar em nosso dia a dia, dentro do cotidiano da escola ou da universidade.

Postado por Tatiana Galieta às 11:55
http://ecnaescola.blogspot.com.br/2014/01/autoavaliacao-quando-aluno-e-professor.html

terça-feira, 18 de março de 2014

A autoavaliação na prática pedagógica do professor



A autoavaliação é extremamente importante na prática pedagógica do educador, pois além de se constituir um instrumento avaliativo contribui para as mudanças de paradigmas e aperfeiçoa as ações de cunho pedagógico, atuando como ferramenta auxiliadora nesse processo.

Percebe-se, no entanto, que muitos educadores não utilizam a autoavaliação em sua prática pedagógica , seja por despreparo ou comodismo, pautando o exercício da profissão no princípio: “você finge que aprende e eu finjo que ensino”. 

O educando, nessa situação, torna-se um mero receptor de informações, não agindo como ser pensante, construtor de ideias e aprendizados. A autoavaliação, sendo também um processo formativo, contribui para que o educador reflita se a sua prática, efetivamente, está “surtindo efeito”, se os seus educandos estão apenas abstraindo conceitos ou pensando-os, transformando-os ou resignificando-os. Paulo Freire enfatiza três características essenciais que devem estar presentes no processo de autoavaliação do professor: ação-reflexão-ação. Isso significa que toda ação desenvolvida pelo educador precisa ser analisada, refletida de forma que esta venha a ser melhorada e aperfeiçoada. Diante do exposto, conclui-se que a autoavaliação deve ser uma ação constante no cotidiano do professor, de forma que contribua para a melhora e o aperfeiçoamento de sua prática pedagógica.



FONTE: http://www.ivanilson.com/2011/12/autoavaliacao-na-pratica-pedagogica-do.html

A AUTO-AVALIAÇÃO NO CURSO DE PEDAGOGIA: DO REAL AO DESEJÁVEL

Acertos e Equívocos


A avaliação formativa tem por prioridade a regulação da aprendizagem. Mas o que significa regulação? Santos (200_, p.1) entende “[...] por regulação da aprendizagem todo o acto intencional que, agindo sobre os mecanismos de aprendizagem, contribua diretamente para a progressão e/ou redirecionamento dessa aprendizagem”. A regulação provinda da avaliação formativa é, no entanto externa ao aluno, uma vez que é de responsabilidade “[...] de quem ensina, o que determina que sua execução no processo de ensino-aprendizagem implique um elevado custo para os professores devido à sua intervenção constante nos processos de coleta de informação e de regulação” (JORBA; SANMARTI, 2003, p.32).

Direcionar a avaliação da aprendizagem para a auto-regulação, ou seja, aquela regulação realizada pelo próprio sujeito da aprendizagem é uma possibilidade para auxiliar o professor em seu trabalho. É neste contexto que se insere a auto-avaliação. A auto-avaliação, como instrumento de avaliação, é um ato complexo que exige “[...] um mergulho da pessoa em seus sentimentos, emoções, posicionamentos” (DESPRESBITERIS, 2002, p.83). Por isso, é uma ferramenta que possibilita envolver o aluno como um todo em seus aspectos afetivos, sociais e cognitivos, ao suscitar nele “[...] um olhar crítico consciente sobre o que se faz, enquanto se faz” (SANTOS, 200_, p.2). Assim, o aluno é levado a aprender a refletir conscientemente sobre suas ações no decorrer do processo de aprendizagem.

Os alunos, aparentemente, compreendem esta missão das práticas auto-avaliativas, pois reconhecem que as atividades de auto-avaliação permitem uma descrição geral sobre suas aprendizagens. Pesquisas feitas com alunos apontam que apesar de, muitas vezes, não chegar a conclusões satisfatórias ainda é produtivo, pois ajuda a detectar dificuldades e falhas no aprendizado já que propiciam reflexão sobre seu desempenho, isso possibilita corrigi-las posteriormente. Para que a auto-avaliação tenha êxito é preciso que o professor acredite no aluno e ofereça condições favoráveis à aprendizagem, pois só assim este se sentirá seguro, confiante e manifestará autenticidade. Ao analisar e perceber os avanços e os erros cometidos o aluno pode buscar formas de superá-los e traçar outros caminhos para vencer as dificuldades, responsabilizando-se assim pelo seu próprio desenvolvimento. Desta forma, a auto-avaliação propícia ao aluno tornar-se sujeito ativo no processo educativo.


A auto-avaliação é um recurso muito importante e deveria ser mais utilizado, sobre tudo no ensino superior, pois permite ao indivíduo, que está em processo de formação, adquirir maior autonomia e responsabilizar-se por sua aprendizagem. No entanto, promover a auto-avaliação não é eximir o docente de responsabilidades no ato avaliativo.




FONTE: http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/825_479.pdf
RIBEIRO, Elizabete Aparecida Garcia - Universidade Estadual de Londrina
SOUZA, Nadia Aparecida de – Universidade Estadual de Londrina